Atrair hóspedes preocupados com a crise ambiental e economizar energia são dois benefícios de enorme interesse para os empreendedores do setor hoteleiro. A ótima notícia é que ambos podem ser atingidos com uma mesma ação: adotar a energia solar é a melhor forma de rimar sustentabilidade e lucro, ainda mais se considerarmos nosso contexto de cidade, Peruíbe, cercada por áreas de proteção ambiental de todo o tipo, onde o conceito de sustentabilidade deve ser cada vez mais forte
Esse termo, sustentabilidade, anda meio desgastado por excesso de uso, característica que, infelizmente, compartilha com o planeta Terra. Cada vez mais, pessoas antenadas com a necessidade urgente de buscar soluções para a emergência do clima procuram empresas que tenham a mesma visão.
Dessa forma, conquistar independência energética é algo extremamente lucrativo para o empreendedor e, ao mesmo tempo, comunicar esse fato é construir uma estratégia de marketing e relacionamento autêntica e baseada na confiança. Só vantagens para todos: setor hoteleiro, viajantes e planeta.
O país atravessou várias secas que causaram graves crises hídricas e, uma vez que a maior parte da matriz energética brasileira está atrelada às hidrelétricas, que dependem do volume das chuvas, a energia tornou-se um recurso escasso.
Chova ou faça sol, a eletricidade é um bem de primeira necessidade para o funcionamento das mais variadas empresas, inclusive as do setor hoteleiro. Em um país de riquezas naturais abundantes, nada mais natural do que, na escassez de chuvas, garantir a eficiência baseada no sol.
A captação de energia solar é uma ferramenta tecnológica que exige um investimento inicial não desprezível, mas que compensa ao longo do tempo, não só pela economia obtida como também pelo valor agregado em se tornar um empreendimento sustentável. Atualmente, vários bancos, privados e públicos, oferecem linha de crédito específica para hotéis e pousadas que desejem obter sistema de geração de energia.
Esse tipo de incentivo financia projetos de valores diversos e com encargos reduzidos. Vale a pena pesquisar e avaliar o grande número de opções disponíveis, especialmente para estabelecimentos que precisam manter diversos equipamentos em funcionamento 24 horas, tais como elevadores, máquinas de lavar e ar-condicionado. Mais vale investir do que diminuir a oferta de conforto, e até mesmo segurança, percebida pelos hóspedes.
Vale insistir: sustentabilidade deve ser baseada em ações concretas, para que o ESG (sigla em inglês para “environmental, social and governance” – ambiental, social e governança, em português) não se torne um greenwashing (quando empresas querem surfar no conceito e só lembram de preservar o meio ambiente nas palavras dos anúncios). O marketing verde gera uma percepção de valor muito grande, desde que seja real e comprovável.
Ser ecologicamente consciente pode atrair hóspedes ou não, mas certamente não os afugentará. O artigo publicado pelo Diário do Turismo aponta que em uma pesquisa realizada pela Fecomércio – RJ, a preferência por hotéis sustentáveis já se apresenta como um novo hábito dos fluminenses, que levam em consideração os impactos sociais, ambientais e econômicos antes de realizarem suas reservas, preocupam-se com consumo de produtos típicos, vindo de fornecedores locais, tendem a procurar lugares com maior contato com a natureza e que possibilitem conciliar lazer e trabalho. Estabelecimentos que costumem promover eventos corporativos terão um argumento a mais, uma vez que grandes corporações prestam especial atenção ao apelo ambiental.
Investir em energias renováveis pode ser um diferencial de mercado, agregando valor ao hotel ou pousada. Economizar na conta de luz mantendo o conforto do hóspede intacto é uma excelente oportunidade de negócio.